quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Sobre as críticas ao carnaval

Aqui na Europa assim como em algumas cidades do Brasil  o que não significa que todo o país pense assim, o carnaval é visto apenas como uma festa de nús, bebedeiras e fantasias. A hipocrisia em não ver que o problema não é o carnaval e sim as pessoas é tamanha que chego a ficar chocada com as palavras de muitas pessoas. O homem é o que pensa ser, o que é comprovado nas ações que ele toma. Uma vez um especialista me disse que geralmente vemos nas outras pessoas os defeitos que tentamos esconder de nós mesmos. Como num espelho, o da vida! A partir daí tento ver apenas as coisas boas de todas as coisas e pessoas embora o meu perfil crítico se sobressaia. Vejo no carnaval a beleza dos enredos que contam as histórias dos homens e do mundo. Como o carnavalesco que desenvolve cada tema e cria as fantasias para demonstrar esse enredo, eu viajo pela sua inspiração e vejo a história ser contada de uma maneira rica e extrovertida. Quanto ao carnaval de Recife por exemplo, com  o frevo, com seus bonecos gigantes fazendo crítica aos políticos e às situações atuais do mundo, vejo uma forma diferente de criticar a sociedade como um jornalista que escreve seu artigo. Já o carnaval da Bahia procuro ver a beleza da diversidade de cores e blocos com seus abadas, das músicas alegres e o senso de caminhar juntos pela avenida, alegres e curtindo a vida. Procuro ver no carnaval apenas o que é belo e abstraio o que é ruim pois o que não é bom vem do homem. Se eu me esforçar um pouco mais poderei dizer a estas pessoas que também consigo ver coisas horríveis nas pessoas que vão as igrejas só para, num padrão de comportamento, se passarem por respeitosas e cristãs. Rezam o cerdo, a ave Maria ou as orações de suas religiões mas ao saírem dos templos comportam-se mal com suas esposas, com seus maridos. E a mesma boca que orava ao Deus escolhido, de repente se torna ferina e machuca atrocidades ao vizinho, ao político, à sogra , ao amigo na rede social, e etc. É preciso mudar nossa maneira de olhar para as coisas, pessoas e acontecimentos vendo apeas o que lhe é ruim. E particularmente uso o meu tempo de carnaval para passear, reunir a família, mas de vez em quando formar um bloco com uma fantasia criativa também é bom. Então meus verdadeiros amigo e que entenderam o que eu disse , faça-me o favor de não julgar a tudo e a todos em nome de uma falsa moral. Aceitar o outro e os seus defeitos é o que há de mais nobre em termos de relacionamento. Julgar é um ato que deixo aos juízes e a Deus, eu me contento a observar, fazer minhas escolhas, respeitar as escolhas dos outros e usufruir da maneira que melhor me apraz a vida e suas diferenças. Ainda que alguns escolham beber até cair, mostrarem seus corpos nús e suados pelas avenidas, só resta-me respeitar a escolha de cada um e esperar que respeitem a minha em ficar em casa fazendo churrasco e balançado numa rede na fazendinha do pai Edmundo tomado a nossa caipirinha geladinha e vendo a paisagem onde o gado pasta solene. Deixemos de hipocrisia e respeitemos as diferenças culturais, e aproveitemos esses dias de descanso para limpar o cisco nos olhos minha gente ou então pegar um bom livro de história e aprender sobre a verdadeira história do carnaval , não a  que imaginamos, mas aquela que milhões de pessoas fazem todos os anos simplesmente por que são apaixonados por ela. É certo que o caraval em alguns lugares movimentam milhões em dinheiro e que bom para a economia desas regiões que recebem turistas. É certo que o carnaval também faz com que milhares de pessoas se acidentem pelos excessos. É certo que colhemos o que plantamos então plantemos apenas críticas construtivas e façamos a nossa  parte, o resto que cada um cuide da sua vida como bem lhe apetecer, não acham? Até o próximo carnaval na roça ou na avenida, mas que seja com a consciência tranquila heim!

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