Eu sempre falo veladamente da sensação de pre-conceito vivido por mim e todos os brasileiros em Portugal, porém a Nádia uma jornalista brasileira fazendo em intercâmbio em Bragança, que já visitou muitos outros países e ela se esqueceu neste artigo de citar os países europeus que ela já visitou, isso por que eu sei. Continuando, ela resolveu fazer uso na expressão escrita instrumento comum no ofício de jornalista, descrever algumas experiencias vividas por ela nas terras lusas e de algumas amigas também intercambistas.Experiências essas de desrespeito que é claro eu as sinto desde a primeira hora que pisei este solo ao ser "interrogada" pelos funcionários do Serviço de Fronteiras. Eu ao contrário dela estou reunindo todos os meus textos e experiências para o meu livro que um dia se Deus quiser irei editar. Histórias como a da Nádia que é filha de professores e sobretudo uma família tão impar em qualidades que vou resumir uma só palavra, embora não alcance o desejo que eu queria, uma família fenomenal. Para vocês que estão aqui amigos de todas as partes do mundo e se estão aqui é por que não tem nada a ver com as pessoas descritas pela Nádia no artigo dela. É preciso ter coragem, como dizem aqui, é preciso ter lata para assumir a amizade com uma brasileira,(e por isso agradeço o imenso carinho de todos vocês), um negro seja ele africano ou não, ucranianos, romenos,chineses e até os emigrantes na França, além dos muitos outros estrangeiros que muitas vezes estão aqui para colaborar e somar. Bom, lido o texto de uma menina inteligentíssima talvez vocês comecem a ter uma noção do que eu já passei aqui nestes três anos, e o pior é que até hoje não encontrei com mulher nenhuma que tivesse a formação escolar parecida com a minha, não que isso seja prioridade num ser humano, pra acabar com aquela pecha de que temos só bunda , mas temos muito cérebro também, e pra esclarecer que lá no outro lado do oceano não tem somente" índio pelado andando nas ruas". E que aliás fazemos questão de preservar, por que eles são os verdadeiros e primeiros donos da terra Brasilis. Se você se sentir ofendido com as palavras da Nádia ou mesmo com as minhas, peço que antes de deixar o rol de meus amigos (que só foi feito até hoje por uma pessoa), que pesem a possibilidade de um dia estarem na minha posição, isso é empatia. SE me perguntarem por que eu estou aqui, deixando para trás uma situação social e financeira excelente e respondo que é por que ao contrário de muitos não tenho pre-conceitos e me apaixonei por um português maravilhoso que teve a coragem de enfrentar a sociedade e estes pre-conceitos em volta dos brasileiros.
Como eu disse, é preciso coragem para assumir a nossa amizade e tenho feito tudo para conservá-la. Por que o mundo não tem fronteiras e nem cercas, o mesmo ar que respiramos na China é o mesmo que respiraremos na Alemanha e a paz que o mundo precisa ter só terá valor se estiver presente em cada recanto.
este é o link para a entrevista da Nádia
http://www.aredacao.com.br/coluna.php?colunista=42#.TrkTKwe--p0.facebook
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