segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A Gestão pública em grande medida não consegue planejar - monitorar - controlar - avaliar. Talvez porque esteja em absorver demandas ou invés de planejar suas demandas. ?


Fui questionada sobre o seguinte tema: 

A Gestão pública em grande medida não consegue planejar - monitorar - controlar - avaliar. Talvez porque esteja em absorver demandas ou invés de planejar suas demandas.



Sendo servidora pública enfrentei diversos tipos de líderes. Normalmente os novos administradores chegam na empresas para apagar o fogo do cotidiano ou como vcs mesmo disseram atender a demanda. Se este lider estiver preparado como disse o Lucio Lage é mais fácil que este consiga e tenha interesse em conhecer pelo menos o macro processo da organização e a partir das ferramentas que a Solange Weiner e Claudia Magalhães citaram dentre outras. Mas se este administrador não tiver o conhecimento mas uma mentalidade aberta no sentido de detectar na empresa as pessoas adequadas para as mudanças ou mesmo que este forme ou traga uma equipe com visão é possível fazer um bom trabalho. A minha experiência já viu de tudo, políticos colocados nas organizações ao invés de técnicos e como disse o Allan Borges , isso já é o começo do desvio de uma governança madura. Muitos fatores vão ter que ser analisados nesta matriz de swot, mas não adianta colocarmos técnicos maravilhosos para fazer um belo diagnostico ou um plano de melhoria excelente se ambos ficarem na gaveta ou nao houver recursos (financeiros, humanos, etc) para colocar em prática. Aliado a tudo isso é necessário uma vontade de fazer presente nas verdadeiras lideranças. E não menos importante lembremo-nos de uma grande ameaça, talvez a mais significativa que é a interferência política nas administrações públicas que usam os cargos para distribuir entre a equipe ou para fazer média com os aliados. Aliás minha organização tem uma logística de penetração no interior muito grande, daí a utilização de orgãos públicos como Educação, saúde e segurança (leia-se necessidades do cidadão) para a vertente política, ou seja, são usados como instrumento de conseguir votos. É amigos, é difícil mas nada impossível amigo Allan Borges e reitero tudo o que foi dito aqui substituindo a por uma três palavras as quais podem representar bem o que debatemos aqui: Liderança, preparação e bom senso.

A mudança está para o processo assim como a melhoria contínua está para os interesses dos indivíduos e vice versa!
Maria Tereza Auguti amei sua explicação sobre os processos de gestão de forma concisa e clara e concordo em grande parte, Apenas gostaria de salientar que é possível sim aplicar o que outrora foi criado para as instituições privadas e sou testemunha viva disso. as especificidades ora geralmente previstas na extensa legislação por vezes até facilitam a aplicação dos processos de gestão bem como suas ferramentas. O desafio maior não está nos processos nem muito menos na legislação própria do ente estatal, mas na mentalidade dos detentores da liderança dos processo, muitas vezes cargos de nomeação política.
A gestão da qualidade já há tempos não tem tido aquela visão antiga da "qualidade total", que aliás já estamos fartos de sabermos que a qualidade  nunca é total enquanto somos indivíduos exigentes e cobramos dos serviços públicos a melhoria contínua.
Concordo com você quando faz o questionamento de que nem todos tem o conhecimento das demandas organizacionais bem como das normas que giram em torno da governança pública aí refiro-me a boa governança, é claro.
Mas aí é que estão as oportunidades e nós profissionais do ramo consultores privados e públicos que é onde me incluo por atuar nas duas áreas e saber que a problemática em ambas é praticamente a mesma e o que diferencia pode soar onírico mas acredito mesmo que a diferença entre público e privado somos nós enquanto profissionais que podemos fazer a diferença seja em qualquer uma das áreas pública ou privada. Como eu disse não vejo a diferença em dificuldade nas ameaças nem nos pontos fracos. Vejo a oportunidade de fazer a diferença e sei que como profissional (dito isto ao pé da letra) tanto em uma área como na outra os problemas sã os mesmos. O tempo de resposta em ambas é que pode ser diferente, mas garanto acredito que a resposta esteja na formação dada em nossos curso de formação sejam eles técnicos ou universitários. Sou o exemplo mais clássico disso! O que fez a diferença a minha empresa pública não foi o carater dela e sim a formação dos profissionais que estavam dentro dela. É sempre um bom começo, que pode levar anos mas impregna e contagia. Me dirão que sou otimista em excesso, talvez seja para a maioria das pessoas. Para mim, sou otimista na medida. Na medida e a medida que a educação repasse seus resultados. Como eu disse, podem ser longos anos de espera pelos bons resultados mas o mais importante é começar e nós profissionais reunidos hoje aqui neste debate é que fazemos a diferença e não puramente as empresas sendo elas publicas ou privadas. Nós somos a diferença, e a médio ou longo prazo mudaremos o processo, aliás o processo é  a própria mudança e esta é constante , assim como a melhoria que é contínua. Arrisco dizer que a mudança está para o processo assim como a melhoria contínua está para os interesses dos indivíduos e vice-versa.


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