quinta-feira, 17 de novembro de 2011

As diversas formas de expressão em minha vida.
















Anteontem estava criando um blog de artesanato e na busca de layouts nos meus blogs aos quais sigo, deparei-me com o blog da minha amiga Simone Santos, o qual sou seguidora, embora não com a assiduidade que ela mereça. Como nós duas éramos boas naquela época quando escrevíamos, é claro que resguardadas as proporções pois éramos adolescentes na faixa dos 17 anos. E visitando o blog da Simone Santos, a Sissa minha amiga e colega do colegial que reencontrei depois de anos, é que percebi o quanto crescemos, amadurecemos e não perdemos aquela mesma esência, aquele mesmo brilho pela escrita.
Outro dia um adolescente que por sinal deve ter 17 anos, estava "inconformado" por eu ter expressado por meio da escrita e não ter olhado a pessoa nos olhos e lhe dito o conteúdo da carta de nove páginas que eu havia escrito e fiquei pensando.
Mas cabe a mim o direito e livre arbítrio de escolher onde e a melhor forma como devo expressar meus pensamentos e sentimentos. Se olhar nos olhos significa coragem que será do cego que não vê ou do surdo/mudo que não pode usar as palavras. E comecei a pensar quais eram os sentimetos dignos de serem expressados por cada instrumento que a natureza me deu. 
Eu expressaria por meio dos olhos apenas os sentimentos que me fizessem chorar, por verdadeiras,  grandes ou simples emoções, como o amor, a piedade, a dor por exemplo. Uma pessoa indigna ou que eu achasse não ter valor mínimo jamais eu permitiria que ela pousasse os olhos nos meus , pois essa pessoa não seria digna de ter o privilégio de ter a minha compaixao, o meu amor, a minha dor, embora que saiba eu, que devo perdoar sempre o mal que me fazem, isso leva algum tempo de exercício interior. 
Eu expressaria pelo sorriso, as minhas alegrias, as minhas conquistas, o meu trabalho bem feito, o meu contentamento com uma piada banal ou com uma vitória fabulosa ou ainda mesmo um pazer eloquente que seria capaz de modificar a tez do meu rosto, capaz de transformá-lo num grande sorriso ou uma bela gargalhada. A felicidade é um dos sentimentos a serem expressados pelo sorriso,  também o respeito, o agradecimento, o acolhimento.
Eu expressaria pelas mãos a necessidade do toque, de um abraço amigo, do reencontro, da despedida, do desejo. As mãos poderiam em alguns  momentos aproximar inimigos num aperto de mão, selar um contrato, uma dívida de agradecimento. Muitas vezes essas mãos poderiam expressar em algumas pessoas a violência no uso das armas numa guerra, de uma briga corporal, mas não por mim em estado de plena razão e lucidez.
Eu expressaria pelas palavras as coisas mais imediatas, os sussurros ao pé do ouvido, os coloquios nas rodas de amigos, as palavras imperativas de cumprimento ou chamamento. Expressaria pelas palavras um elogio, um conselho um discurso de faculdade, uma oratória ou treinameto para uma platéia de alunos ou de professores. Expressaria palavras de amor ao meu amor e às pessoas que amo.
Eu expressaria por meio da escrita apenas o que eu quisesse deixar registrado para que todos soubessem, para que todos compreendessem, quem sabe até se tivesse sorte, para a posteridade.
Só tiveram a audácia de expressar por escrita queles que deram a cara para bater, que tiveram coragem que não se acovardaram em deixar registrado. Na maioria das vezes os textos de filósofos, as teses científicas, os discursos contra as injustiças sociais, raciais. 
Quando  escrevo mostro a cara, não me esconde em palavrasfalsas ou doces. Quem escreve não se acovarda diante dos inimigos.
Relembrando novamente a Sissa em suas palvras que tão bem a definem e me definem em grande parte também: "Escrever faz-me sentir extremamente livre em minhas manifestações". Faz com que eu espelhe a minha alma, os meus verdadeiros sentimentos. 
Eu  escreveria quando fosse relatar injustiças, abusos, desmandos, gestos indigestos para socorrer os desafortunados, os que sofrem. A escrita não calaria em mim o desejo de justiça.  
Mas também escreveria as minhas mais intensas experiências , as minhas recordações, as minhas conquistas, as conquistas dos seres humanos e sobretudo mais uma vez relembrando Sissa, e ao contrário dela, com o compromisso de respeitando a mim como pessoa que sempre buscou a verdade e a coerência, tentar ensinar com meus erros e desacertos, dar feedbacks a pessoas que parecem não ter alma e que nem deveriam estar no meu mundo. 
Todas as vezes que eu expresso meus sentimentos em escrita, eu eternizo a Andréa que sempre quis ser. Sem medo de dizer as verdades, doa a quem doer e até a mim própria muitas vezes, por que ao escrever estarei num desabafo ou racionalmente expondo minhas angústias, meus sofrimentos e até minhas alegrias. 
Portanto todos terão o privilégio de me ler um dia se eu registrar e podem e devem mostrar meus alfarrábios a todos quantos quiserem, por eu coloquei alí minha letra, que é a minha assinatura inconfundível e única.
Quando um dia alguem se deparar com algo que escrevi, saibam que muitas das vezes eu chorei sangue madrugadas a dentro para compor o que para mim é a minha mais pura essência.

Muitas vezes tenho tanto para registrar que por horas a fio e por dezenas de páginas é que consigo quase expressar tudo que me veio ao coração e a alma. Quase tudo por que nunca se esgotará em mim enquanto estiver viva e lúcida a necessidade de expressão.
Portanto voltando àquele adolescente que se indignou, eu complemento meu pensamento com um conselho, não tenha medo das palavras,ou dos sentimentos sendo eles expressados de quaisquer formas, sobretudo das minhas palavras e sentimentos. Por que se eu os regisstrei de próprio punho é por que assumi o risco de cada palavra, assumi a verdade contida em cada uma delas e ficarei lisonjeada por quaisquer que as leiam, por que serei eu, autentica e sem medo de expressar.
Não poderia deixar de citar novamente a Sissa para terminar é claro pra fechar essa nota com chave de ouro, eu também há algum tempo resolvi ser feliz e se isso é conceito dicionaresco ou não concordo com você que também sou o que sou apesar dos  confrontos e das desaprovações que vierem, afinal aquele chavão de que a unanimidade é burra parece caber aqui pelo menos para mim e que também eu adoro o que me proponho a fazer todos os dias , hora por hora, minuto a minuto, segundo a segundo, SER FELIZ, é isso que me proponho quando me expresso seja em quais formas de expressão. Por que felicidade tem que ser vivida e expressada, pra valer a pena e também "respeitando a minha natureza de ser o que sou e o resto se administra..." 

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